Faz hoje, 17 de Abril, 40 anos que Alberto Martins, presidente da Associação Académica de Coimbra e actual líder parlamentar do PS, tentou intervir, sem sucesso, na inauguração em Coimbra do edifício das Matemáticas e na presença do então Chefe de Estado, Américo Tomás.
"Sua Excelência, Sr. Presidente da República, dá-me licença que use da palavra nesta cerimónia em nome dos estudantes da Universidade de Coimbra?"
Foi o início do Maio de 68 português, com quase um ano de atraso.
Américo Tomás hesitou: "bem... bem... mas agora fala o Sr. Ministro das Obras Públicas..."

A negação do pedido do dirigente foi o ponto inicial de uma revolta, marcada pelo patrulhamento da cidade, a prisão de Alberto Martins e outros estudantes, o boicote aos exames e a decretação do luto académico,progressivo chamamento de estudantes para a guerra colonial. Assim na Universidade de Coimbra eclodiu a maior crise académica que há memória em Portugal, imbuída pelos ideais de 68.
E como os portugueses souberam da crise académica de 69?

Acreditem que é verdade!
Como se pode observar pela imagem junta, os portugueses foram informados dos acontecimentos de 17 de Abril em Coimbra por um lacónico comunicado do Ministério da Educação, de José Hermano Saraiva, seis dias depois (!!!!), comunicado que foi publicado discretamente nas páginas interiores.
(textos e imagens retiradas da internet)
Parabéns pelo primeiro post! Já fazia falta uma outra mulher a postar!
ResponderEliminarAinda mais interessante porque a minha mãe ontem também me falou neste acontecimento! :)