O Estranho Caso de Benjamin Button

É um facto que os maiores medos do ser humano são morrer e todo o processo de envelhecimento que nos leva até ao fim. A forma mais óbvia para percebermos que o fim se aproxima é olhar no espelho e ver que os anos passaram e, aos poucos, a juventude deu lugar à velhice. Mas e se tudo fosse ao contrário? Se as pessoas nascessem velhas e fossem rejuvenescendo aos poucos? A incerteza do futuro e da própria humanidade fariam muita diferença? Não.

O Estranho Caso de Benjamin Button, é inspirado num conto de F. Scott Fitzgerald, de 1920. O filme disfarça-se de história de amor mas na realidade toca muitas outras questões humanas. Fala sobre a vida e a morte de uma maneira linda enquanto narra a história de amor mais delicada a que assisti no cinema. É uma fábula de tempos complexos, abstractos e únicos. O Estranho Caso... deixou-me a pensar. Mesmo nos dias que se seguiram sentia o filme a correr dentro de mim.

A personagem de Benjamin Button, interpretada por Brad Pitt, possui uma natureza incomum em todos os temas da história, funcionando por si só como uma pequena analogia do todo. Corre para o mesmo fim (a morte) mas no sentido oposto.

O filme é fantástico em todos os aspectos, argumento, banda-sonora (Alexandre Desplat), efeitos especiais, caracterização. O Brad Pitt é gigantesco, encarnou o Benjamin de forma que diria perfeita. Diria mais, não tenho nenhuma crítica a fazer ao filme, apenas elogios. Tudo parece encaixar-se às diferentes épocas vividas por Benjamin e Daisy. David Fincher soube de forma excepcional contar uma boa história que em alguns momentos nos faz rir e em outros chorar. Este filme é uma lição de vida.

Trailer: http://www.youtube.com/watch?v=7L6K3fkwr-Y

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