24 agosto 2009

Virgem Suta, Tomo conta desta tua casa



Tomo conta desta tua casa
imprópria para amar, sei lá porquê.
Não consigo agarrar o que me resta
pedaços do que foste, e ninguém vê.

Rendido ao teu sofá, nele me encontro
repouso agora em sono mal dormido.
Pretendo esclarecer o desencontro
do nosso amor que há muito anda perdido.

Eu sei,
que não é fácil conversar nem decidir.
Nem tudo é falso e sem cor vamos mentir
que a perversão será ainda mais real.

Eu sei,
que não é fácil conversar nem decidir.
Nem tudo é falso e sem cor vamos mentir
que a perversão será ainda mais real

A leve embriaguez passa a febre
num quente desconforto de mendigo
que aguarda numa esperança duvidosa
o gesto carinhoso de um abrigo.

Pensar, sentir, querer, é tão confuso.
A sensação da dor está revelada.
Agora o que fazemos de nós dois?
Vivemos como se não fosse nada!

Eu sei,
que não é fácil conversar nem decidir.
Nem tudo é falso e sem cor vamos mentir
que a perversão será ainda mais real

Eu sei,
que não é fácil conversar nem decidir
Nem tudo é falso e sem cor vamos mentir
que a perversão será ainda mais real

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